domingo, 18 de abril de 2010

Cap. 04

Desculpem a demora T-T
Não me matem por isso... p.q

Capítulo de presente pra minha grande amiga Deida-sama e pra minha Koi linda e fofa Bebe-chan te amo chuchu XD




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Cap. 04

Eu não sabia o que perguntar a ele, apenas queria a resposta, alguma solução para o que estava sentindo.

- Como você sabe que está gostando de alguém?

Ele parou e ficou me olhando espantado, mas logo perguntou hesitante.

- Mas... Por que dessa pergunta? – ele parecia ansioso, mas ao mesmo tempo preocupado também. Seu semblante estava sério e suas sobrancelhas unidas.

- Por que... Acho que estou gostando muito de alguém... – falei pensativo, não conseguia encará-lo – Não sei como agir. Essa pessoa... Eu a odiava, mas agora... Não sei o que pensar.

Encarei-o e fiquei curioso, não sabia o porquê de sua decepção. Fiquei esperando por sua resposta, mas o único som que ouvi foi de uma garota nos chamando no corredor que agora se encontrava completamente vazia sendo ocupado apenas por nós dois.

** **

Estava completamente sem rumo. Sentia as lágrimas correndo pelo meu rosto, mas não me importava com o que as pessoas pensavam. A única coisa que me importava no momento era o porquê de ele não querer ficar comigo. Mas ao invés disso ele preferiu ficar com aquele garoto sem sal.

Sei que agora eles estão casados... Mesmo não sendo convidado eu fui ao seu casamento. Fiquei lá escondido atrás da porta. Seus pais choravam em decepção com o filho que se assumira gay, seu irmão completamente indiferente e eu... Apenas a dor de vê-lo ser completamente de outro.

Apesar de amá-lo tanto queria sua felicidade, mas gostaria ainda mais se ela fosse ao meu lado.

Lembro-me das noites nas quais passamos juntos antes de ter me trocado por outro. Ninguém sofreu mais do que eu naquele momento. Sou muito desejado tanto entre mulheres quanto entre homens, mas nunca me importei com elas. Teve uma época em que namorei uma garota, mas depois dela foi só com homens mesmo. Agora as acho um bando de histéricas.

Sou muito vaidoso. Sempre fui. Meus fios longos e loiros, face delicada... Nunca tive UMA espinha... Olhos azuis, pele branca... Mas ele preferiu aquele garoto moreno, cabelo chato, baixinho e com jeito arrogante.

Senti-me um lixo quando disse que o amava e que não conseguia mais fingir... Sempre fui um objeto em suas mãos. Faz dois anos que eles estão juntos e não consigo esquecê-lo. Fiquei com muitos depois dele, mas não consegui me satisfazer com nenhum. Todos apenas queriam ficar comigo apenas uma noite só por diversão, mas nenhum se comparou a ele.

Estava sentado no banco daquela praça, tentava me distrais com a bela paisagem e apreciar a felicidade alheia, mas aquilo me dava uma enorme angústia, um aperto no peito. Naquele momento eu me senti um nada. As pessoas passavam e mal olhavam na minha cara. Ninguém queria ver um homem chorando.

Vi alguns rapazes jogando futebol não muito longe de onde estava. Se estivesse com ânimo talvez estivesse lá com eles jogando um pouco e me divertindo, mas as lembranças dos momentos em que passamos juntos não me deixavam em paz.

Como queria estar ao lado de quem realmente amo!

Abaixei a cabeça e fiquei encarando a grama sob meus pés. Era tão verde, tão lindo. Fiquei alguns segundos assim até que senti algo bater em meus pés. Olhei pro lado e vi a bola que os rapazes jogavam parada ali. Percebi que alguém se aproximou, olhei pra cima e vi aquele ser que me fitava com curiosidade.

Tinha cabelos curtos e ruivos, seus fios espetados, olhos verdes bem penetrantes. Era baixinho, mas não deixava de ser bonito, seu rosto era fino e delicado tal qual uma criança.

- Quer jogar? – perguntou ele, seu tom de voz frio não combinava com sua estatura. Enquanto pegava a bola, percebi que me examinava de cima a baixo. Voltei minha atenção a ele e estendi os braços entregando aquele brinquedo em suas mãos enquanto também o examinava. Usava uma regata vermelha, bermuda preta e um tênis branco. Além de bonito tinha muito estilo. Aparentava ter uns dezoito anos.

Quando via esses garotos me sentia tão velho. Mesmo tendo aparência de vinte anos, na verdade tenho vinte e três, mas queria voltar aos meus dezessete...

Ele esperava por minha resposta e quando pareceu desistir, foi quando falei.

- Quantos anos você tem garoto?

Ele parou e me encarou, parecia incrédulo. Não sei por qual motivo.

- Garoto? – perguntou parecendo ofendido – Não sou garoto. Bobear sou até mais velho do que você...

Ele disse irônico. Não acreditei muito nele. Como podia ser mais velho do que eu parecendo um adolescente arrogante?

Fiquei quieto. Não senti a menor vontade de responder alguma coisa a ele, comecei a olhar em volta vendo os outros rapazes que estavam olhando em nossa direção. Provavelmente esperando a bola que estava na mão do outro.

- Ok. – falei ainda sem encará-lo – Então quantos anos você tem?

Ele sorriu e voltou a virar-se novamente – Tenho vinte e um.

Olhei espantado pra ele. Como podia? Parecia apenas um garoto de dezessete. Não era mais velho do que eu, mas mesmo assim era mais velho do que imaginara...

Ele se afastou e voltou pra próximo dos seus amigos que deviam estar ficando nervosos já com sua demora. Fiquei olhando pra ele e percebi que ele também me olhava toda hora. Dava uma disfarçada tentando prestar mais atenção nos outros, mas meus olhos me prendiam nele.

Passados alguns minutos resolvi sair deste lugar. Ver pessoas felizes estava me deixando frustrado. Apoiei-me em meus joelhos e levantei daquele banco duro começando a caminhar em direção oposta a que o outro estava.

Ia andando lentamente quando sinto uma mão pesada em meu ombro e me verei para ver quem era, qual não foi minha surpresa ao ver ser o ruivo com quem falara.

- Aonde vai? – perguntou ele arfante devido a correria.

Olhei-o intrigado. Por qual motivo iria querer saber aonde iria? Ri de sua pergunta, mas resolvi responder – Vou pra minha casa, por quê? Quer vir também? Garanto que não vai se arrepender.

Ele me olhou espantado, ri ainda mais de sua reação. Qualquer pessoa normal sairia de perto de mim, mas ele ficou e pra minha surpresa riu também.

- Você é bem convencido sabia? – debochou – Mas o que você tem em mente para fazermos?

- É o que? – sério, ele realmente disse isso? Fiquei estático no lugar e agora ele é quem estava rindo de mim.

- To brincando o idiota. Você começa com a graça e não agüenta depois?

Não respondi, apenas virei e continuei seguindo meu cainho com ele ao lado andando lentamente comigo. O que esse cara queria afinal?

- Você faz o que da vida? – perguntou ele chamando minha atenção. Não via nada demais em responder a essa pergunta.

- Sou professor...

- Hn... Legal. E de que matéria você é? – perguntou curioso.

- Sou professor de Literatura na faculdade. – respondi – Agora sua vez. Você faz o que da vida?

Ele parou e pensou por um instante antes de responder – Agora eu faço só bico mesmo... Nada fixo no momento.

Fiquei quieto. Diria o que? Não tinha assunto. Olhava a avenida na minha frente. Estava quase chegando na calçada, meu carro estava num estacionamento a umas duas quadras dali.

- Queria voltar a estudar... Mas está difícil pra mim no momento. – comentou fazendo-me voltar ao presente momento, não sabia onde ele queria chegar – Você tem algum tempo livre? – perguntou sorrindo tentador pra mim, mas não cairia nessa jogada.

- Nem pensar. – falei antes mesmo que ele pudesse concluir alguma coisa, jamais seria trouxa a ponto de dar aulas de graça.

- Por favor?

Olhei pra cara dele, estava fazendo cara manhosa. Como podia um garoto tão ranzinza como ele parecer tão angelical? Fiquei admirando-o por um segundo até que cedi ao seu pedido – Acho que posso arrumar um tempo pra você...

Como sou bom... Não existe ninguém mais generoso do que eu. Sei que sou o melhor... – neste momento em que olho pra frente novamente vejo alguém que jamais imaginei encontrar num momento como esse, parei estático no lugar, Sasori também parou e confuso olhou pro mesmo lugar em que eu olhava e viu o garoto. Pele clara, olhos negros e cabelos chatos. O que esse garoto está fazendo aqui?

Sai não me viu, mas fiquei olhando-o passar com uma sacola na mão. Nesse momento me lembrei do por que estava ali naquela praça e Sasori veio falar comigo...

- Você o conhece? – quis saber curioso interrompendo meus devaneios.

Olhei-o meio confuso e quando reformulei sua pergunta novamente na cabeça tentei responder, mas não encontrava minha voz para tal pergunta. Respirei fundo tentando me acalmar até que consegui dizer alguma coisa.

- Longa historia...

** **

A aula estava como sempre fácil demais. Meu irmão passava coisas simples demais e, acredito eu, que todos os alunos devem achar as aulas dele bem simples. Principalmente as garotas que o admiram devem prestar máxima atenção ao que ele diz fazendo-o se sentir o máximo. Sorte dele que Sai não está aqui... – ri só de imaginar a cena. Mal imaginei e ouvi alguém batendo na porta. Itachi parou sua explicação e foi até a porta ver quem era. A princípio não deu pra ver quem era, mas pelo sorriso divertido que ele deu, já imaginei quem poderia ser. Assim que ele se afastou um pouco pude ver Sai segurando uma sacola com uma marmita dentro. Segurei o riso nessa hora e ele olhou bem em minha direção. Que culpa eu tenho?

- Sasuke... – ele me chamou e eu olhei pra ele vendo seu semblante sério, como podia disfarçar tão facilmente seu humor? Não sei dizer como fazia isso. Ele estendeu o livro que estava em suas mãos para eu pegar – Passa isso aqui na lousa pros alunos copiarem que vou resolver um negócio.

Levantei e caminhei em sua direção estendendo a mão para pegar o objeto. Olhei para Sai e cumprimentei-o com um aceno de cabeça sendo respondido por ele. Itachi saiu da sala e eu me dirigi até a lousa onde comecei a escrever algumas de suas anotações até que ele voltasse.

** **

Olhei intrigado pro Sasuke na frente da sala passando a matéria enquanto Itachi tinha saído por algum motivo com aquele cara estranho... As garotas estavam decepcionadas enquanto os garotos estavam mais aliviados pelo concorrente ter saída da sala, mas sinceramente não sei o que elas vêem nele...

Fiquei olhando para Sasuke. Percebi que mesmo o centro das atenções ter saído algumas garotas ficavam suspirando enquanto olhavam pra ele... Porra... Que bando de galinhas... Sasuke jamais olhará pra elas... Disso eu tenho certeza.

Quando a aula acabou ele virou e seu olhar encontrou com o meu. Ficamos assim por alguns segundos até que ele abaixou a cabeça sorrindo divertido enquanto deixava o canetão em cima da mesa e pegava a pasta, provavelmente pra entregar pro Itachi depois, já que ele vive lá em casa...

Todos começaram a guardar seus materiais e sair da sala. Ele só começou a arrumar suas coisas quando tinha só alguns alunos na sala ainda e óbvio que eu era um deles... Estava enrolando pra ficar por ultimo e sair com ele de lá. Acho que eu devo estar muito gay fazendo esse tipo de coisa, mas não deve esperar menos de alguém que adora the GazettE... Meu sonho é ser tão famoso quanto eles.

Finalmente todos haviam saído e estávamos apenas nós dois na sala. Ele estava de costas pra mim, mas eu queria que ele me visse, me reconhecesse. Por que entre tantas pessoas que gostam de mim fui querer que logo ele me desse atenção...?

Terminei de arrumar minhas coisas e resolvi sair logo daquele lugar, não queria mais ficar vendo ele me ignorar daquele jeito... Tenho meu orgulho.

Quando estava próximo a porta sinto braços me envolverem por trás e um queixo ser apoiado em meus ombros... Meu coração acelerou, meu corpo gelou, estava tenso pelo simples fato de ele me abraçar. Respirei fundo tentando me acalmar, mas estava meio difícil com seu rosto tão próximo ao meu... Sabia que se virasse minha cabeça poderia beijá-lo.

Ele começou a beijar meu pescoço e senti um arrepio percorrer pela região... O que ele estava querendo afinal? Se estava querendo me provocar já conseguiu... Estou me segurando pra não agarrá-lo, mas se a situação continuar assim não conseguirei me controlar por muito tempo... Sua mão começou a percorrer por debaixo da minha blusa e apertava cada canto do meu corpo e... Não agüentei. Virei e envolvi meus braços ao redor de seu pescoço e o beijei como nunca havia beijado ninguém.

Ele apertou ainda mais meu corpo contra o seu enquanto nos beijávamos. Era uma sensação tão boa estar ao seu lado... Nossas línguas dançavam em sintonia e nada mais importava naquele momento a não ser ele. Separamo-nos por falta de ar, mas nada me impediu de que o beijasse novamente e como se fosse possível juntei ainda mais nossos corpos. Nunca quis alguém tanto quanto queria ele naquele momento, mas nem tudo é perfeito, Aquele maldito tinha que aparecer pra estragar tudo de novo.

O som da porta abrindo foi o suficiente para fazermos nos separar e mostrar-me completamente envergonhado na frente de Itachi e ao seu lado estava aquele garoto que não parecia ser muito mais velho do que eu e Sasuke.

Itachi olhava-nos chocado enquanto o outro parecia estar espantado. Olhei para Sasuke e ele estava sorrindo pro irmão, fiquei ainda mais nervoso com aquilo, como ele podia sorrir depois de termos sidos pegos?

- O que pensa que está fazendo? – Itachi perguntou nervoso, logo em seguida fechou a porta olhando o corredor completamente vazio. Quanto tempo havia passado desde que nos agarramos aqui... – E se alguém vê vocês aqui?

- Calma. Ninguém viu a gente.

- Então você... – começou a falar o outro em seguida ele bateu com a mão na testa – Seus pais vão matar vocês...

Eu apenas olhava a cena espantado, como assim... Ele não parecia estar enojado, mas apenas surpreso.

- Itachi... Por que não me falou nada? – ele perguntou e o mais velho apenas deu de ombros – Ponha-se no lugar deles. Tudo bem que um dos filhos dele seja gay, mas os dois?

- “O QUE?” – pensei chocado – “Como assim os dois? O Itachi também é gay? Quem é esse cara afinal?”

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De olhos fechados,

Sentindo o vento

Gelado e mórbido

Fazendo-me mais uma vez desistir

Do sol, nuvens, lua e estrelas,

Desistindo da vida, amor.

Uma palavra sem razão, vazia como meu coração

Lágrimas gélidas, como o vento

Escorrem por meu rosto que pouco a pouco

Torna-se sem vida,

Luz da Lua que perde seu brilho a cada instante

Fazendo-me aprofundar ainda mais no assombroso,

Gélido escuro me dando a certeza que a morte,

O vazio e desesperança

Alcançam-me...

Numa ultima tentativa de ainda querer respirar

Poder ver o sol nascer,

Seu sorriso

Brotar, e pouco a pouco

A vida a eu voltar,

Seus braços me envolverem

E me alcançarem, seus carinhos me aquecerem

E encherem meu coração de paz,

E quando a ultima lágrima escorreu

Senti seus lábios cobrirem os meus.

A surpresa me tomou e vendo você mais uma vez sorrir

Falar “Eu te amo” pra mim

E pela primeira vez em tanto tempo

No reflexo de seus olhos me vi sorrir

E enfim em seus braços

Pude me sentir feliz

E em seus braços

Adormeci e tive belos sonhos.

** **

Oie pessoal XD

O que acharam do capítulo? *-*

Ficou bom?

Agradeçam a minha Koi Bebe-chan por pegar no meu pé pra escrever alguma coisa. Tudo bem que não é essa a historia que ela me cobra né, mas é uma das que ela gosta também XD

Quebrei minha cabeça escrevendo esse capítulo e no final nem teve muita coisa interessante p.q Estou sem criatividade ultimamente...

Tenho uma boa e uma má notícia pra vocês... Sai do meu serviço o/ Mas não terei tanto tempo assim pra escrever porque minha mãe inventou de querer pegar no meu pé de novo -.-‘ ela não vai me deixar mexer no PC tão cedo.

Esse poema no final foi minha Koi quem escreveu pra mim XD Legal né? Eu adorei *-*

Espero que tenham gostado do capítulo XD

Acho que vocês já perceberam quem é o novo casal e digo que apenas duas pessoas acertaram, e elas foram...

mag_x e aninya

esperarei suas MP's com os casais que gostam para suas one shot's

Beijão a todos e até o próximo.

Mereço reviews? *-*