sábado, 31 de março de 2012

Cap. 07

Que raiva.

Que ódio.

Caminhava pelos corredores do colégio batendo os pés no chão, morrendo de raiva.

Aquela puta... Tudo bem ela querer se vingar de mim, mas por que ela tinha que se jogar pra cima do Sasuke?

Eu sei que ele nunca ficaria com ela, mas vê-la agarrada nele me deixou com um ódio mortal. Mas ela não sabe com quem está se metendo.

Não estou com ciúmes dele, até por que não me considero gay... Pelo menos ainda não... Mas... Sei lá... O Sasuke... É o Sauke, pôrra. Não vou ficar me preocupando com isso.

Olhei meu relógio de pulso e vi que eram sete e meia.

Droga... Vi aquela coisa beijando o Sasuke e fiquei com tanta raiva que até me esqueci de entrar na sala...

Fiquei os últimos minutos sentando na arquibancada do pátio pensando na vida e quando faltavam cinco minutos pra próxima aula voltei pra sala esperando a troca dos professores.

Quando entrei Sasuke me olhou, mas não me preocupei muito e fui pra minha carteira ao lado de Gaara.

– Onde você estava? - perguntou-me - Você sumiu depois que foi falar com a Sakura. Achamos que ela tinha te picotado e se livrado dos restos...

Olhei pra ele e não pude deixar de rir com seu tom de deboche.

– Do jeito que eu tava era mais fácil eu ter trucidado aquela prostituta de beira de estrada...

Agora foi a vez do Gaara de rir.

– Pelo visto ela te deixou bem puto, heim.

– Nem imagina o quanto. - disse enquanto fuzilava a rosada com o olhar.

Esta nem se importou já que queria provocar o Naruto e de fato conseguiu.

– “Desgraçada... Acha que sinto alguma coisa por ela... Filha da puta.”



Na hora do intervalo sai o mais depressa que pude da sala e sequer esperei os garotos. Não estava a fim de conversar com nenhum deles.

Fui direto pra quadra e fiquei num canto da arquibancada onde ninguém conseguiria me ver.

Não queria pensar em nada e muito menos ser incomodado por nada.

Fiquei alguns minutos ali quando pensei num lugar que eu sabia que eles jamais imaginariam que eu estaria.

Segui em direção a tal lugar evitando chamar a atenção de alguém e em menos de dois minutos consegui chegar na biblioteca.

Olhei ao redor e como esperado não encontrei ninguém. Afinal quem viria aqui em pleno intervalo...? Nem estamos em época de provas... Fui para o fim de um corredor e me encostei numa parede escorregando até o chão, e finalmente fechei meus olhos e tentei relaxar um pouco.

Alguma vez já parou pra pensar no que fez e no que deve fazer?

Pois eu faço muito isso. Mas ultimamente parece que não estou relevando muito isto, já que estou agindo sem pensar.

Primeiro: Por que eu fiquei com ele...? Por que me deixei levar tão facilmente? Por que agora eu aprecio a presença dele? E por que eu fiquei com tanta raiva da Sakura quando ela o beijou...?

– Aahhh... que raiva... – resmunguei esfregando minha cabeça, descontando minha frustração em alguns fios de cabelo que quebraram conforme a força que os puxei.

Foquei meu olhar num ponto, mas sem fixar nada. Minha mente estava fora de órbita...

Não sei quanto tempo fiquei assim, mas despertei quando ouvi o som do sinal tocando. Não estava a fim de voltar pra sala, então simplesmente fiquei ali. Pra mim não tinha nada melhor naquele momento.

O restante da noite permaneci ali e quando ia dar a hora de ir embora, mandei uma mensagem a Sasuke pra pegar minha mochila que o encontraria no portão. E foi pra lá que me dirigi esperando-o.

Fiquei no máximo cinco minutos esperando-o quando o vi próximo ao portão.

– Onde você estava? – me perguntou rudemente me jogando a mochila.

– Em lugar nenhum. – respondi sem expressão alguma.

– Em lugar nenhum? – repetiu minha pergunta quase indignado. Parecia querer me xingar, mas se conteve por um momento e respirou bem fundo soltando depois calmamente entre dentes – Acha isso uma boa resposta?

Apenas dei de ombros e segui em direção ao carro. Meu estado era de irritar qualquer um, mas eu realmente não estava afim de falar nada. Não sei dizer... Estava frustrado.

No caminho até o carro eu dava umas disfarçadas e ficava admirando o Sasuke.

Por que o carro não chegava logo? Por quanto tempo eu ficaria olhando-o...? Sentindo meu coração acelerar... Não é normal. Não é normal um garoto se sentir atraído por outro... Ainda mais desse jeito.

Suspirei derrotado.

É. Não tem mais jeito.

É isso mesmo.

– O que foi agora? Por que tá suspirando de repente? – perguntou sorrindo debochado – Finalmente descobriu que me ama?

Fitei-o de lado admirando seu sorriso torto. Respirei fundo e voltei a olhar pra frente em direção ao carro logo a frente. Finalmente.

– Pois é. – respondi sorrindo, mas firme – Fazer o que nee? Tem coisas na vida que a gente não pode negar.

Quando eu não sei, mas eu estava do lado do carro esperando pelo mosca morta do Sasuke parado – diz-se petrificado - no meio do caminho.

Não sei por que... MENTIRA... Sei sim.

– Vai ficar parado aí por quanto tempo ainda hein mosca morta? – perguntei rindo.

Não sei se ele acordou pelo que eu disse ou se foi pelas pessoas ao redor que estavam rindo da sua cara. Simplesmente seguiu seu caminho até o carro e não falou mais nada o caminho inteiro.

Aqueles dez minutos pareceriam não querer acabar mais. Nosso apartamento ficava tão longe assim mesmo? Que inferno.

Depois de horas finalmente vi o prédio onde morávamos. Já não estava mais suportando aquele silêncio mortal.

Quando estávamos no elevador ele finalmente abriu a boca.

– V-Você falou sério quando disse aquilo?

Sua voz saiu trêmula... Cara... Quando foi que eu fiquei tão gay? Ou seu nervosismo deixava-o realmente mais sexy? Fitei-o profundamente, querendo devorá-lo, mas me controlei olhando pro lado antes de responder.

– Não sei. – Mordi meu lábio inferior, mas o meu maior erro no momento foi fitá-lo novamente.

CARA... POR QUE EU FIZ ISSO?

Meu sangue ferveu na hora, por sorte consegui me conter mais um pouco.

As portas do elevador abriram no nosso andar e assim que passamos pela última porta que me importava, antes mesmo de eu agir ele o fez.

Eu avancei pra cima dele com volúpia. Com sede. Com raiva. Com desejo.

Não sei quando ao certo, mas estávamos no quarto nos amassando na cama.

Seus beijos tão cálidos, calorosos, desejosos, deliciosos. Como pude ficar sem aquela boca por tanto tempo? Apertava cada parte daquele corpo, decorando, marcando, sentindo, queria mostrar que ele era meu e que sempre seria.

Mordi seus lábios rançando qualquer vestígio que pudesse ter daquela vaca rosa.

Não sabia se poderia me controlar, ainda mais agora depois de já ter começado. Parei um pouco olhando para seus olhos serrados esperando que abrissem ao menos um pouco, que demonstrassem que estava tudo bem que eu poderia continuar.

Sua respiração pesada contra a minha fazia meu coração bater ainda mais. Chegava a ser quase insuportável a intensidade que sentia naquele momento, mas ao mesmo tempo a melhor que já senti em toda a minha vida.

Abracei-o, apertando bem forte como se pudesse perdê-lo a qualquer momento. Sua respiração quente batendo em meu pescoço, logo senti sua língua passeando por meu pescoço e, puta que pariu, aquilo me acendeu de uma forma... Eu só precisava daquilo pra saber que ele queria continuar.

Voltei a passear minhas mãos por seu corpo, a grudar ainda mais o meu ao seu. Esfreguei minha perna entre as suas sentindo seu membro enrijecer cada vez mais, e aquilo só fez eu perceber o quanto as roupas eram incômodas.

Sentei na cama puxando seu corpo contra o meu fazendo-o sentar-se sobre meu colo e assim continuar nos beijando. Fui erguendo sua camiseta aos poucos querendo aproveitas cada segundo de sua submissão.

Hoje ele é todinho meu.

Quando chegou no pescoço tive de nos separar e arranquei aquela peça o mais rápido possível, passando assim a beijar seu pescoço descendo por seu tórax bem definido, e descendo pro abdômen, e descendo mais até chegar em sua bermuda.

Aquilo me frustrou. Rapidamente abri o botão e Sasuke fez o favor de terminar arrancando-a juntamente com a boxer branca.

No momento fiquei petrificado olhando praquele membro enrijecido e não pude me conter mais.

Devorei-o.

Mas foi com uma vontade que nunca imaginei ser capaz de sentir por qualquer coisa. Sugava como se fosse a coisa mais gostosa que já provei na minha vida. Ora sugava, ora lambia, ora mordiscava, e seus gemidos eram suficientes pra me dar prazer e mais vontade. Eu segurava firmemente seu quadril para que não me escapasse enquanto tentasse fugir da enorme onde de prazer.

Aquilo estava me deixando doido. Me posicionei melhor entre suas pernas e fiquei a alisar suas nádegas durinhas enquanto ameaçava inserir um dedo entre elas. Ia rodando e apertando ainda sugando-o bem forte até que senti um jato forte no fundo de minha garganta e escorrer um pouco pra fora de minha boca.

Engoli quase tudo deixando um pouco pra lubrificar-lhe a parte de trás e inserir melhor os dedos enquanto admirava agora sua face completamente corada. Seu peito subindo e descendo rapidamente, seus olhos serrados, sua boca entreaberta, e seus gemidos longos a cada dedo que lhe inseria.

Meu pau já estava completamente duro. Não suportando mais eu deixei-o esparramado na cama e comecei a tirar minha própria roupa sem parar de devorá-lo com os olhos.

– Agora se prepara... – minha voz quase não saiu de tão rouca que estava.

Assim que terminei de tirar minha ultima peça me joguei de novo na cama e comecei a beijá-lo. Posicionei seu quadril sobre o meu e me inseri lentamente, ouvindo agora seus fracos gemidos de dor entre o beijo. Acariciava suas costas tentando acalmá-lo um pouco e quando finalmente fiquei por completo dentro dele, parei.

Sua respiração pesada batia contra meu rosto e não me mexi até que ele dissesse que eu poderia.

Ficamos um tempo assim, comigo beijando-lhe a face e acariciando as costas até que ele mexeu seu quadril. E aí não prestou...

Deitei-o na cama novamente e comecei a me mover dentro dele. A cada estacada que eu dava ele gemia, e a cada uma mais forte, ele gemia ainda mais alto. E eu gemia junto.

Não sei se estávamos alto o suficiente pra muita gente ouvir, mas tenho certeza de que os vizinhos estavam ouvindo.

Mas e daí? Que eles aproveitassem a onde e entrassem nela também.

Eu estava quase no meu limite.

Sentei novamente na cama puxando-o e dessa vez ele ficou pulando no meu quadril, e rebolando, e me deixando doido.

– Sasuke... E... Eu vou... – tentava falar alguma coisa entre gemido, mas ele ia cada vez mais rápido e mais forte impossibilitando-me de qualquer coisa, até que senti-me ser libertado daquela pressão sobre meu membro num jato, e logo outro foi atirado contra meu abdômen.

Caímos na cama um ao lado do outro, arfantes.

Por mais suado que estivéssemos eu tinha de abraçá-lo. E foi assim que apagamos depois de uma noite de amor.




Continua...